5/18/2025 01:05:00 PM

No domingo, um ataque suicida deixou pelo menos 10 mortos e dezenas de feridos em Mogadíscio, capital da Somália. O atentado ocorreu em uma base militar na região de Damanyo, onde jovens recrutas aguardavam para se registrar. O grupo militante Al Shabaab reivindicou a autoria do ataque.
Testemunhas relataram que o agressor chegou em um tuk-tuk em alta velocidade. Ao desembarcar, correu em direção à fila de recrutas e detonou os explosivos que carregava. “Eu estava do outro lado da rua. Vi o tuk-tuk parar e, em seguida, uma explosão. Dez pessoas morreram na hora, incluindo recrutas e pedestres. O número de mortos pode aumentar”, afirmou o capitão militar Suleiman, que estava no local.
Dezenas de sapatos abandonados e os restos mortais do homem-bomba podiam ser vistos na área do ataque. Outra testemunha, Abdisalan Mohamed, descreveu o caos após a explosão: “Passávamos de ônibus e vimos centenas de adolescentes na fila. De repente, ouvimos uma explosão ensurdecedora, e a área foi tomada por uma densa fumaça.”
A equipe médica do hospital militar informou que recebeu 30 feridos, dos quais seis morreram logo após dar entrada. As forças do governo isolaram a área rapidamente, enquanto equipes de emergência atendiam os feridos.
Em comunicado, o grupo Al Shabaab afirmou ser responsável pelo ataque, alegando ter matado 30 soldados e ferido outros 50. O governo somali ainda não se manifestou oficialmente sobre o incidente.
O ataque em Damanyo é semelhante a outro ocorrido em 2023, quando um homem-bomba matou 25 soldados na base militar de Jale Siyad, localizada na mesma área. A ação também ocorre um dia após o assassinato do Coronel Abdirahmaan Hujaale, comandante do batalhão 26, na região de Hiiran, em meio a relatos de infiltração de militantes do Al Shabaab nas forças governamentais e de segurança.
O Al Shabaab, vinculado à Al-Qaeda, mantém uma insurgência ativa na Somália desde 2007, buscando expandir seu controle no país, especialmente na região central.
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